Terra Madre Brasil - Rede Nacional de Comunidades do Alimento

15/12/2008

Terra Madre 2008: Discurso de Carlo Petrini na Cerimônia de Abertura

Nós só temos que nos certificar que ninguém passe por cima do seu trabalho para transformar alimentos de qualidade em alimentos de luxo. Qualidade é um direito de todos. Assim que escutarem pessoas dizendo que vocês devem produzir orgânicos, para produzir qualidade e conquistar o mercado de pessoas ricas, mandem-nas embora. Temos que produzir orgânicos para fornecer qualidade para todos, para as pessoas mais pobres também.

Turim, 23 de Outubro de 2008 Carlo Petrini. Foto: Roberta Sá

Assista ao discurso em italiano no youtube (parte 1, parte 2, parte 3, parte 4 e parte 5)

É um grande prazer vê-los todos aqui novamente, nesta nossa reunião extraordinária. E pensar que quatro anos se passaram desde que demos vida a esta maravilhosa iniciativa. Este terceiro encontro marca o crescimento da rede Terra Madre, apesar de que seria mais apropriado falar sobre Redes Terra Madre, vendo que agricultores, pescadores e pastores nômades se unem pela segunda vez com cozinheiros e acadêmicos de todo o mundo.

E este ano temos também os produtores de fibras naturais e músicos – todos campesinos e pequenos agricultores. Eles estão trazendo com eles a música do Terra Madre para provar que a a agricultura não é apenas um outro setor de negócios como a indústria de minérios de ferro por exemplo, mas algo muito mais complexo. Na realidade, a agricultura é fruto de uma visão holística, unindo a sacralidade do alimento, respeito pelo meio ambiente, socialidade, convivialidade e manifestações culturais.

Este ano damos as boas vindas também para mais de 3000 jovens – estudantes, campesinos, agricultores, cozinheiros – que estão aqui hoje para representar nosso futuro e dar esperanças para a Mãe Terra, com a paixão que pretendem acender dentro das comunidades do alimento. Nos últimos anos descobrimos uma coisa: a semente que espalhamos ao redor do mundo está frutificando e crescendo. A árvore está crescendo.

Cento e cinqüenta países de todo o mundo, milhares de hortas escolares, desenvolvendo mercados de produtores, uma nova aliança com consumidores, que queremos chamar de co-produtores …. Mais, nos últimos anos vocês organizaram uma série de encontros Terra Madre em seus países: no Brasil, na Irlanda, na Holanda. E novas comunidades Terra Madre se desenvolveram em pelo menos 30 países. A rede e as redes estão crescendo; estão se tornando mais amplas e ganhando força.

Todavia temos que estar conscientes do que aconteceu e está acontecendo agora, em 2008. Isto está mudando o sentido da história profundamente. Em 2004 poucos de nós imaginaram que os fatos iriam evoluir tão rapidamente como aconteceu. Nem poderíamos imaginar o caos que está ocorrendo em todo o mundo e a crise econômica que está sufocando socialmente, o dia a dia das pessoas e a política.

Nós vamos nos lembrar de 2008, principalmente por que na primeira parte do ano, nos foi demonstrado que o multilateralismo não funciona. A reunião da FAO reconheceu que o objetivo de diminuir pela metade o número de pessoas desnutridas ou famintas no mundo é inatingível. Ao contrário, o número de pessoas que sofrem de desnutrição e fome está prestes a chegar à marca do bilhão. Isto significa uma pessoa em cada seis no planeta. Esta é uma época de descalabro, e isto está acontecendo porque todos os países ricos falharam em manter sua contribuição anual de 30 bilhões de dólares. Pensando nisso, somente durante estas últimas duas semanas eles conseguiram reunir 2.000 bilhões de dólares para ajudar as instituições financeiras com problemas devido a contas mal feitas! Eles não puderam encontrar os 30 bilhões por ano, mas encontraram 2.000 bilhões em uma quinzena. Em vista disso, nós não deveríamos apenas protestar, nós deveríamos ter orgulho de mostrar nosso ultraje.

Se a reunião da FAO falhou, isso também ocorreu com a OMC (Organização Mundial do Comércio). Não é uma coincidência que as maiores discórdias são a respeito das taxações sobre os produtos alimentares. Os poderosos simplesmente não parecem capazes de chegar a um acordo sobre a questão dos alimentos. Eles concordam sobre outras coisas, encontram-se rapidamente para salvar a economia, mas falham em tomar qualquer atitude construtiva em relação aos alimentos. Em meados de 2008, depois das especulações sobre as casas de pessoas pobres, sobre energia e combustíveis, o que muitos definiram como “economia criativa” – mas o que eu penso como sendo “economia destorcida” – decidiram por último especular nos alimentos e produtos alimentares. Muito rapidamente o preço do arroz, grãos e milho subiram 5 vezes, com repercussões negativas em todo o planeta.

Nós italianos gastamos 15 por cento dos nossos recebimentos em comida, mas em muitos países se gasta 50, 60 e em alguns casos, 80 por cento. O impacto pode ser catastrófico em alguns países: por isso o número de desnutridos cresceu em mais de 100 milhões em somente um ano, e em 50 países houve protestos sobre o direito ao alimento. Agora a bolha especulativa se rompeu. Especulações sobre a habitação, combustíveis e comida caíram. A crise agora é sistêmica. Todo o sistema econômico está sofrendo uma derrota memorável. As pessoas que pensam que trata-se de uma crise passageira estão erradas. Trata-se de uma crise profunda e irá durar por muitos anos ainda.

Este é um tempo em que muitos de nós estão sentindo emoções mistas. A primeira é uma grande preocupação. Estamos preocupados com nosso futuro, nossa vida diária e nossas casas, sobre a dignidade das pessoas mais pobres do mundo. Entretanto, de outro ponto de vista, também sentimos uma leve sensação de liberdade. Chegou a hora de parar com isso. Chegou a hora de colocar um fim na desgraça de ver pessoas ficando ricas e menosprezando o trabalho humilde de outras pessoas, tratando-as como marginais e secundárias. Estava na hora da bolha especulativa explodir.

Entretanto, nós temos que ser cuidadosos. Temos que pesar as coisas cuidadosamente e analisar a situação, porque muitas das análises que estão aparecendo agora estão basicamente erradas. Para mim a análise de alguém que pensa que a economia de mercado terminou está errada. Não é isso. Pelo contrário, esperemos que a economia de mercado se regenere virtuosamente, mantendo os pés no chão e conectando-se mais com a economia rural.

Pessoas que pensam que esta situação foi causada por uma dezena de homens mal intencionados também estão erradas. Não, a gangrena se espalhou por todas as partes – na política, na vida, nas mentes de muitas pessoas. Nunca antes como neste momento foi necessário refletir, racionalizar, ter cuidado e tentar desenvolver um entendimento profundo das coisas. Não podemos nos comportar como certas pessoas surdas que riem duas vezes: a primeira vez porque vêem todos a sua volta rindo, e a segunda vez porque alguém explica a elas porque estavam rindo inicialmente! Antes de rirmos, antes de expressarmos nossa posição, precisamos compreender como o mundo irá funcionar com esta nova economia.

Mas estou seriamente convencido de uma coisa: que esta crise vai nos levar a um maior respeito com a economia rural. Haverá maior atenção para a agricultura e a economia real, a economia verdadeira, aquela com os pés no chão – aquela que vocês representam. Vamos começar a apreciar novamente o trabalho manual e o conhecimento que isso envolve, assim como o artesanato e a manufatura de pequena escala. Vamos novamente nos importar pelas pessoas que trabalham na terra, ter mais interesse em novas tecnologias a serviço da sustentabilidade, do ambiente e da qualidade de vida.

Este nosso encontro representa todos estes tópicos. Começando pelo alimento, nós também nos ligamos à agricultura, mudanças climáticas e à sustentabilidade de novas energias limpas. Por muitos anos nos disseram que a economia da natureza e de subsistência era uma economia marginal. Por anos estas economias foram desdenhadas. Mas estas economias são aquelas que vão salvar o planeta da economia maluca do mercado e finanças. Vocês podem estar certos disso.

Em um futuro próximo, políticos e economistas se conscientizarão sobre a relação vital entre alimentos, agricultura, mudanças climáticas e a proteção da saúde, das paisagens e a beleza dos ecossistemas – todos interconectados. E eles também se tornarão conscientes do erro cometido com a agricultura intensiva, que expulsou do campo milhões de mulheres que eram a base da agricultura de subsistência. A Terra é a Mãe acima de tudo porque é trabalhada pelas mãos das mulheres. Expulsar as mulheres do processo de produção é um crime.

Os consumidores irão nos ajudar nesta tarefa. Muitos estão preocupados sobre a crise de consumo, mas acredito que eles estão se preparando para tomar importantes escolhas. Consumidores irão procurar por alimentos locais, saudáveis, frescos e sazonais. Será um processo virtuoso em larga escala. Vocês precisam se preparar também, visto que tudo isso irá recompensar os alimentos que vocês produzem. Nós só temos que nos certificar que ninguém passe por cima do seu trabalho para transformar alimentos de qualidade em alimentos de luxo. Qualidade é um direito de todos. Assim que escutarem pessoas dizendo que vocês devem produzir orgânicos, para produzir qualidade e conquistar o mercado de pessoas ricas, mandem-nas embora. Temos que produzir orgânicos para fornecer qualidade para todos, para as pessoas mais pobres também.

Para as muitas pessoas que nos perguntam como vamos conseguir tudo isso, eu digo que a realidade que vocês representam é a resposta mais simples e mais efetiva. É a mais simples porque o que vocês fazem já é virtuoso. O que vocês fazem é o que seus pais faziam antes de vocês. Continuem fazendo. Em algum sentido vocês tem sorte, não tiveram que inventar algo novo. É a mais efetiva porque é algo extremamente tangível. Esta é a economia real: terra, alimentos, criaturas vivas, coisas que podemos tocar e degustar, das quais nós podemos obter o prazer. Em poucas palavras, é uma questão de cuidado e amor pela economia local. Vocês não têm que fazer outras coisas além do que já estão fazendo. Talvez melhorando, aumentando e suplementando tudo através do trabalho em rede entre vocês. Mas tentem ver como, em muitas maneiras, seu trabalho já representa o futuro.

Na dimensão local de suas comunidades, suas atividades produzem uma longa linha de resultados positivos. Acima de tudo, vocês promovem a alimentação tradicional, significando alimentos saudáveis e saborosos … dietas que são diversificadas, respeitam as estações e fornecem satisfação.

Além disso, se o alimento não for forçado a fazer jornadas intercontinentais, mas for parte de um sistema no qual ele pode ser consumido em pequenas distâncias, poderemos economizar muita energia e diminuir as emissões de carbono. Pensem no que poderíamos economizar do ponto de vista ecológico, sem os excessos de transporte, refrigeração, embalagens que acabam no lixo, e estocagem, que rouba tempo, espaço e porções da natureza e da beleza. Na dimensão local a energia e os recursos são otimizados e o desperdício é evitado. Somente na Itália isso significa 4.000 toneladas de alimentos jogados fora todos os dias. Quatro mil toneladas de desgraça – para pessoas que sofrem com a fome, mas também para os países ricos.

Agricultores familiares em todos os lugares sempre praticaram a reutilização e a reciclagem. Eles não jogam nada fora: as sobras de qualquer processo servem para produzir mais energia e podem ser usados para fazer ferramentas e artefatos, e podem ser também reciclados para propósitos gastronômicos. Através de um processo natural podem ser transformados em fertilizantes para o solo. A água é estocada e respeitada, não desperdiçada. É uma commodity preciosa.

Tudo isso é possível trabalhando localmente, e é em nível local que alcançamos a democracia participativa. Hoje existe fome por democracia participativa em todo o mundo: em nível local todos podem fazer parte e serem protagonistas. Todos podem desenvolver atividades e se tornarem parceiros ativos. E em nível local nós defendemos a biodiversidade, os recursos vitais desta economia. Variedades nativas são uma força insubstituível por trás das economias agrícolas de pequena escala.

Em nível local nós alcançamos a socialidade também. Desde este ponto de vista, os jovens serão chamados para ajudar a construir uma nova socialidade e convivialidade rural. Todos vocês jovens devem fortalecer a memória, mas ao mesmo tempo, assegurem-se de expressar a nova vida social no meio rural e divertirem-se lá. Existem novas ferramentas para ajudá-los: usem câmeras para filmar a sabedoria dos seus mais velhos e o saber-fazer dos antigos agricultores. De outra forma, logo vamos perder isso tudo.

Nós todos sabemos qual o tipo de economia que é vital para um futuro melhor. Isto não significa nos recusarmos a colaborar e nos mantermos no passado. Seus pés estão firmes no chão e seu olhar se volta para os outros, atentos a tudo que pode melhorar a nossa terra. Por isso a rede, a sua rede, a nossa rede – uma rede formada por comunidades do alimento locais.

Vocês não poderiam esperar por uma resposta com o espírito mais aberto que esta. Muitas pessoas vêem a dimensão local de forma condescendente. Dizem que seus produtos são muito pequenos, muito marginais. Mas de fato, unidos, todos vocês produtores de pequena escala formam a maior multinacional do mundo na área de alimentos. Vocês não produzem padronização ou nivelamento, vocês não produzem poluição ou pobreza. Vocês produzem riqueza, diversidade, intercâmbio, conservação da memória e progresso. Este é o valor da economia local.

Sua economia é o que há de mais moderno no mundo atualmente. Para todos aqueles que, em boa fé, vêem o Terra Madre como um encontro pacífico dos pobres, da humanidade marginal, como se vocês fossem os representantes dos perdedores do mundo, eu digo: Vocês não entenderam nada! Estas pessoas falharam em entender que aqui é onde o futuro está sendo decidido, na medida em que são vocês quem representam a grande massa das classes de agricultores do mundo. Metade da população de hoje.

Agricultores e campesinos serão os líderes da terceira revolução industrial, que se iniciará em suas comunidades, seus negócios e seu território rural. A primeira revolução industrial usando a máquina a vapor e a segunda com a eletricidade usaram materiais fósseis. A terceira revolução industrial será a revolução da energia limpa e sustentável. Será originada do campo porque a agricultura é a única atividade humana baseada na fotossíntese. Por séculos os agricultores tem sido capazes de trabalhar graças ao sol, então eu conclamo vocês a desenvolverem e usarem energia limpa e renovável. Produzam energia solar, eólica e energia de quaisquer outros materiais que vocês tenham idéias, para produzir riqueza para os seus negócios e suas famílias.

Esta é a nova ordem para o amanhã. Entrem em contato com todas as pessoas que vocês saibam que estão trabalhando nesta direção. Para os muitos administradores na platéia que querem trabalhar na área de energia sustentável, eu digo: “Aprendam com os agricultores e campesinos”. Eles sabem como reutilizar materiais, eles tem um relacionamento íntimo com a terra, eles não jogam nada fora. Eles já tem suficiente saber-fazer para esta nova revolução, aquela que, até certo ponto, vai caracterizar renascimento da economia real.

Vocês devem ser orgulhosos de si mesmos. Vocês representam a diversidade do mundo, a maior riqueza de todas, os recursos mais finos de todos, a garantia do futuro da humanidade. Assim como a biodiversidade existe na natureza, assegurando a sobrevivência, evolução e adaptação, sua identidade, suas tradições e seu consumo são parte do mundo que ninguém pode viver sem. O mundo por si só não pode existir sem sua diversidade cultural, e é neste encontro, intercâmbio e ligação entre as diversidades que cada um de nós reforça a sua própria identidade.

Aproveitem os próximos quatro dias integralmente. Não tenham medo de se expressarem, não tenham reservas ao encontrar e conhecer os outros. Mesmo que vocês falem línguas diferentes, mesmo que vocês se vistam de forma diferente, mesmo que vocês tenham a pele de cores diferentes.

Vamos nos encontrar e conversar juntos. Mesmo que de início vocês achem que não vão entender, tudo que é necessário é um sorriso, um gesto ou um aperto de mão. Acreditem que esta é uma oportunidade única para encontrarem a diversidade mundial. Para descobrirem e aprenderem, mas também para se reafirmarem e terem orgulho de suas próprias identidades. E quando vocês forem para as casas do povo Piemontês que os está hospedando, usem a oportunidade para conhecê-los, para trocar idéias, objetos, sorrisos, convivialidade e cultura. Nossa experiência nos encontros anteriores nos ensinou que a barreira do idioma não existe, que a língua não é um problema. Vocês não terão problemas em se comunicarem. Agricultores e campesinos sempre se entendem, seja no que for.

Por último mas não menos importante, levem o espírito deste encontro de volta para suas comunidades. Quando voltarem para casa, em suas vilas, abram as portas para receber os outros. Os jovens presentes aqui hoje estão prestes a lançar uma idéia maravilhosa. Eles querem dedicar alguns meses de suas vidas para trabalhar livremente em suas comunidades agrícolas. Recebam-nos, abram suas portas para estes jovens agricultores e estudantes. Eles decidiram dedicar 2 ou 3 meses de suas vidas para trabalhar para vocês: isso vai enriquecer a eles e a vocês. Esta enorme mobilização vai ser o maior intercâmbio de juventude e cultura que o mundo já viu.

Deixem-me entregar minhas últimas palavras para os jovens dentre vocês. Vocês são o futuro desta terra. Salvem a memória dos agricultores e campesinos e a memória dos seus idosos. Não existe futuro sem memória. Façam das memórias dos seus idosos e agricultores uma das pedras fundamentais desta nova fronteira. Deixem a sabedoria tradicional de seus mais velhos encontrar a ciência moderna e vocês serão os construtores de seu próprio futuro.

Gostaria de dizer para o jovem homem que me precedeu, Sam*, que ele vem de um grande país. Talvez em alguns dias este grande país, os Estados Unidos da América, nos dará uma nova esperança. Talvez um sonho se tornará realidade, que apenas poucos acharam que seria possível. Mas você sabe, Sam, que esta esperança não é tão forte como as palavras finais do seu discurso: “Nós seremos a geração que reunirá a humanidade com a terra”.

Se você levantar a bandeira, nós estaremos com você nesta revolução. A Humanidade precisa se reunir com a Terra Madre, Mãe Terra, e vocês jovens podem fazer isso acontecer. Então, Sam, quando você voltar para sua escola, leve estas palavras de um grande homem e um grande Americano, o Índio Dakota Nuvem Vermelha:

“A Terra apela para a Humanidade por redenção. Esta redenção reside no nosso senso comum, na nossa retidão. A Terra espera por aqueles que são capazes de distinguir seus ritmos. Olhe para mim, eu sou pobre e nu, mas eu sou o chefe de uma nação. Nós não queremos riquezas, mas queremos educar nossas crianças corretamente. Riquezas não nos farão bem. Nós não poderíamos levá-las para o outro mundo. Nós não queremos riquezas. Nós queremos paz e amor”

Com esta mensagem de um grande homem, um grande Americano, um grande Índio Americano, eu convido vocês todos a viverem os próximos quatro dias do Terra Madre intensamente, com alegria e paixão. Eu espero que vocês conservem estes dias nos seus olhos e na sua memória. Um Feliz Terra Madre para todos.
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* Sam Levin, um jovem estudante e organizador de hortas escolares em Massachusetts, que falou antes de Carlo Petrini na cerimônia de abertura do Terra Madre.

1 Comentário

  • 1. Evanilda T. Perissinotto Prospero  |  16.12.08 às 6:01

    Podemos perceber no discurso do Sr. Petrini como os ideais Slow são concretos e verdadeiros. Pela emoção de suas palavras e sua capacidade de abordar os problemas mundiais em sua relação com a terra e a agricultura, a importância das tradições e da defesa das espécies nativas, temos no Sr Petrini um grande líder que sabe para onde está conduzindo as pessoas que acreditam na filosofia Slow.
    Aos dirigentes da Slow Food e todos que trabalharam neste Terra Madre 2008 devemos parabenizar, por organizarem e realizarem uma experiência inusitada a todos os participantes e associados e por trazerem à discussão no mundo o valor do pequeno agricultor.
    O mérito do evento está em mostrar como um projeto tão completo na área da agricultura e das ciências gastronômicas pode ajudar a humanidade fornecendo subsídios para que nós possamos realizar o melhor, cada um em seu território, com a visão Slow.
    Parabéns à Slow Food pelo esforço despendido em realizar o Terra Madre, e esperamos conseguir muitos avanços para o futuro.

    Evanilda T. Perissinotto Prospero

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