A pluralidade da agricultura familiar e camponesa e as nuances da biodiversidade e da cultura alimentar brasileira integram o evento. Saiba mais: www.terramadrebrasil.org.br
Saiba mais sobre a participação de algumas das comunidades de projetos de Santa Catarina no II Terra Madre Brasil
Dona Rosa embarca, toma assento e em pouco tempo encanta comissários e a tripulação, tamanha é sua simpatia e tão doce o seu semblante. É a primeira vez que viaja de avião. “Sempre olhava pra cima e dizia que aos 60 anos eu ia viajar naquilo”, conta ela que, aos 53, estava realizando o sonho de voar. O rumo é Brasília. Na capital federal, dona Rosa Nascimento, produtora artesanal de farinha de mandioca do litoral catarinense, foi encontrar centenas de produtores como ela, trocar experiências, estabelecer contatos comerciais. Protagonista da gastronomia tal qual um chef de cozinha, dona Rosa é expressão da máxima “Comer é um ato agrícola”, um dos pensamentos essenciais do Movimento Slow Food. Clique para ler o texto completo »
Na feira do II Encontro Terra Madre Brasil, onde os produtores convidados divulgavam seus trabalhos, o C&B conheceu a araruta, um rizoma (espécie de caule diferenciado e quase sempre subterrâneo) de aparência desengonçada e com rico potencial culinário. A araruta é um típico exemplo de produto negligenciado frente à massiva popularização de outros – nesse caso o trigo, cuja farinha, ao longo dos anos, tornou-se quase onipresente nos lares, restaurantes e na indústria. Clique para ler o texto completo »
Em abril de 2010 aconteceu a III Festa do Licuri, promovida pela Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina (Coopes), no município de Várzea da Roça (BA). Licuri, que o C&Bconheceu no II Terra Madre Brasil, é a amêndoa do fruto de uma palmeira nativa de nosso país, típica do clima árido da caatinga. A espécie espalha-se do norte de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco até Alagoas e Sergipe.
O açaí é um alimento muito importante para as comunidades ribeirinhas do baixo Rio Amazonas, sendo usado como fonte de alimentação e complementação da renda familiar. No Amapá, em especial nas comunidades da Foz do Rio Mazagão Velho e adjacentes, o Festival do Açaí é uma das ferramentas de valorização da cultura local e da produção extrativista.
A estratégia do Festival do Açaí está na integração das comunidades produtoras do fruto, incluindo as das ilhas do Pará, que pela posição geográfica estão próximas ao município de Mazagão.
Esse é o quinto festival e ocorrerá no dia 03 de julho de 2010. A previsão é tornar o mesmo um referente meio de exposição do fruto aliado a outros produtos locais no interior do Estado do Amapá.
Quem participar do evento vai poder desfrutar do verdadeiro sabor do açaí e curtir a culinária local alem de desfrutar de uma bela paisagem do encontro do Rio Mazagão Velho com o Rio Amazonas.
O Festival é realizado pela Associação das Mulheres Produtoras Agroextrativistas da Foz do Rio Mazação Velho – AMPAFOZ – e Associação Agroflorestal Baixo Mazagão Velho – AAFLOMAZA – com o apoio do Governo do Estado do Amapá, Prefeitura Municipal de Mazagão e o Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS).
Entre os dias 19 a 21 de março, o movimento Slow Food promove a Feira da Identidade Alimentar, no Complexo Cultural da Funarte, em Brasília. A programação faz parte da segunda edição do Terra Madre Brasil – encontro nacional de ecogastronomia, que irá reunir cerca de 550 participantes para discutir temas como biodiversidade alimentar e preservação de tradições culinárias. Com entrada franca, o evento será realizado das 18h às 22h.
A feira estará dividida em nove tendas, onde serão expostas atividades culturais das cinco regiões do Brasil e de algumas etnias. Comunidades de produtores, pescadores e agricultores, ligados à rede Terra Madre Brasil, apresentam seu ofício, por meio da cultura alimentar, da música e do artesanato. Clique para ler o texto completo »
A Arca do Gosto é um projeto que surgiu em 1996 por iniciativa do Slow Food. Uma embarcação-refúgio ideal que viaja pelo mundo socorrendo pequenas produções de excelência gastronômica ameaçadas pela agricultura industrial, pela degradação ambiental e pela homologação.
A Arca procura, cataloga e destaca sabores que estão em risco de extinção, mas que ainda estão vivos e apresentam uma concreta potencialidade. A Comissão Científica da Arca, graças à atuação dos Convivia Slow Food no mundo, avalia embutidos, queijos, cereais, hortaliças e raças locais através precisos critérios de seleção: qualidades gastronômicas especiais, ligação com o território, produção artesanal e com ênfase na sustentabilidade e risco de extinção. Atualmente a Arca do Gosto acolhe mais de 700 produtos de 50 países.
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab) do Paraná enviou na última segunda-feira (10) uma nota técnica a diversos órgãos do Governo Federal para alertar que a contaminação de transgênicos nas lavouras de milho (convencionais e orgânicas) é inevitável. De acordo com a nota, as normas editadas para evitar a contaminação são insuficientes, da mesma forma que a fiscalização e o cumprimento da legislação ao longo da cadeia produtiva do milho.
A partir de um trabalho de monitoramento de lavouras do Paraná, feito principalmente nos municípios de Toledo, Campo Mourão, Cascavel (Cinturão do Milho Safrinha), a Seab constatou “a impossibilidade dos órgãos federais no cumprimento da resolução número 4 da CTNBio, de 2007, que estabelece a distância de 20 metros entre os cultivos de milho convencional e milho transgênico”, como afirmou o comunicado oficial. Diferente da soja, o milho é uma planta de polinização aberta, o que torna impossível a criação de normas que impeçam o pólen de se espalhar entre as lavouras.